domingo, 2 de maio de 2010

Concepção Causalista X Sicronística de Astrologia

Definir o conceito de Astrologia pode ser mais difícil do que parece à primeira vista. Alguns autores podem definir a Astrologia como “a ciência que investiga a ação dos corpos celestes sobre os objetos animados e inanimados, e a reação destes a essa influência”. Outros podem definir a Astrologia como “a ciência que investiga a relação entre fenômenos celestes e fenômenos terrestres”.
No primeiro conceito temos a concepção de que os astros causam diretamente fenômenos no nosso planeta, em vários âmbitos. Essa ação é energética, e os planetas e corpos celestes atuam como a causa de vários acontecimentos e tendências, através das energias gravitacionais, magnéticas e cósmicas que emanam. Para o leigo ou o cético comum, isso pode parecer estranho, mas a física quântica oferece algum fundamento sugestivo para essa concepção causalista da Astrologia, ao conciliar o conceito de matéria, energia e informação como (quase) sinônimos, ou pelo menos, como análogos.
No segundo conceito de Astrologia, a concepção é a de que existe uma relação de sintonia caracterizada por uma coincidência significativa entre eventos celestes e eventos terrestres do cotidiano. Ou seja, os astros não causam diretamente nenhum evento na natureza ou sobre as pessoas, mas cosmologicamente o universo é organizado por um princípio sinergético quântico que garante que eventos cósmicos coincidam com eventos terrenos comuns. Essa concepção, portanto, prevê uma organização para o Universo muito mais complexa do que a noção usual que comumente o senso comum defende. É uma concepção holística que afirma que tudo no Universo é interligado por relações quânticas. Essa é a concepção sincronística da Astrologia.
Os defensores da visão causalista da Astrologia ignoram a noção sincronística, e vice-versa. Porém, há indícios científicos de que as duas concepções são verdadeiras, atuam em conjunto, e fornecem uma nova concepção cosmológica do Universo. Os cientistas ditos acadêmicos têm ignorado isso!
As astrologia é uma ciência muito antiga, figurando entre os primeiros registros do aprendizado humano. É a mãe da astronomia, e durante muito tempo, ambas foram uma só ciência. As astronomia tornou-se uma ciência exata que trata de fenômenos celestes em suas relações físicas e naturais, de forma independente do que acontece na fenomenologia terrestre, excluindo o entendimento de qualquer componente espiritual na mecânica do Universo, sem obrigatoriamente negar a sua existência, mas no mínimo ignorando-a.
Apesar da Astronomia ter se separado da Astrologia, o astrólogo precisa ter noções dessa “ciência-filha” da Astrologia. Mas, essa última mantém aberta a possibilidade explicativa de incluir o espiritual e o divino não só na mecânica física do Universo, como na correlação observada entre fenômenos terrenos e o movimento dos astros no cosmos.
A dialética entre a visão causalista e a sincronística da Astrologia tem a sua síntese numa concepção Espiritualista da mesma.

Referências Bibliográficas

JUNG, C. G. Sincronicidade. Petrópolis: Vozes, 1991.

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